quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cantores e duplas de MS em alta na lista da Billboard


Artistas de Mato Grosso do Sul continuam mandando bem na parada nacional. A edição mais recente da revista “Billboard Brasil”, que chegou esta semana às bancas, prova o sucesso da galera local. Luan Santana está em primeiro lugar entre as 100 mais tocadas em todo Brasil. Enquanto “Adrenalina” é a campeã absoluta, “Sinais”, também dele, aparece em 49º lugar. Outro que está em alta é Michel Teló com sua “Fugidinha”. A canção aparece na terceira posição. A faixa, inicialmente hit nos estados do Sul, agora ganha outro pontos do País, impulsionada pela divulgação feita pela gravadora Som Livre por meio da Rede Globo. 
João Bosco e Vinicius são outros destaques da lista. “Tema diferente” está em 13ª posição, mantendo o sucesso do DVD ao vivo, lançado este ano. Por sua vez, Maria Cecília e Rodolfo, com recém lançado segundo DVD – gravado, em agosto, na Capital paulista , em agosto –, colocaram “Tchau tchau” na 16ª colocação. As 100 mais da “Billboard Brasil” mostram que o sertanejo, nas suas variadas possibilidades, continua sendo o preferido do público de todo Brasil, seguidos pelo pop internacional e o pagode.




Luan Santana Billboard Brasil de junho



O adolescente mais amado do Brasil começou misturando Zezé di Camargo com o rock do Creed; hoje vai do pop de Justin Bieber à música “sertanejona”, passando pelo “Rebolation”. Leia e entenda.

Sentado na sala de espera do aeroporto de Campo Grande (MS), um abatido Luan Santana bate os tênis coloridos no chão. Do outro lado da linha do celular, Dona Marizete chora, preocupada com a garganta infeccionada do filho. Levemente febril, Luan sai da cidade onde mora às 21h e chega a Campinas às 23h. Sem tempo para comer, por ter que cantar antes da 1h, uma promoção do McDonald’s já o espera no carro de vidros fumê. Atrasado para ir ao banheiro, faz xixi ali na pista mesmo, na roda do avião. No camarim do rodeio de Jaguariúna (SP), o produtor-geral examina a garganta com uma lanterna e constata: só tem pus de um lado. O Gurizinho, apelido que hoje não faz sentido para um rapaz de 19 anos e 1,83 m, está liberado. Após se apresentar, na chegada ao hotel, fãs pulam de um carro em movimento para agarrá-lo. Sem chance. Às 3h, Luan já está no quarto. 

No ano passado, sequências tão vertiginosas quanto essa se repetiram 300 vezes. Neste ano, o cantor preferido das moças em idade escolar deve passar das 130 apresentações até junho. São 12 shows seguidos no fim do mês, incluindo a primeira turnê pelo Nordeste. O garoto que não gostava de Física no colégio e de carne moída no almoço adora o fato de sua mãe escrever os horários certos para tomar os comprimidos, na embalagem dos remédios. A infecção da garganta começou no domingo, 2 de maio, após subir em sete palcos diferentes em dois dias. 

“Foi por causa daquele fim de semana que eu estou assim”, lamenta.

Mas, calma lá, Luan é tratado como um príncipe do sertanejo pré-universitário, e não canta por menos de R$ 300 mil – mesmo patamar de Marisa Monte, Claudia Leitte e Chiclete com Banana. Antes de chegar aos hotéis, o Playstation 3 já está armado. Quando vai mal da garganta, qualquer motorista ou piloto que diga as palavras “ar condicionado” é gentilmente censurado pela equipe de produção. Na agenda rabiscada pela assessora, as folgas para dirigir o carro conversível que acabou de ganhar disputam espaço com gravações de programas de TV e sessões de fotos para cinco capas de revistas teen. 

Tem horas em que o cansaço bate e às vezes o povo não entende. O tempo que tenho de folga é para dormir.” 

Visitar Campo Grande duas vezes por mês é outra prioridade.

 “De certas coisas, não abro mão.” 

Entre elas, sexo. É comum receber garotas no quarto de hotel. Durante a sessão de fotos para a Billboard, vê o decote de uma modelo loira e se interessa. Ele pede o telefone dela ao fotógrafo, pergunta se é gente boa, qual a idade, se tem namorado...

 “Não vejo problema em pegar fã, mas namorar já é outra coisa.”

LUAN E LUCIANO

Embora existam vídeos de Luan empunhando o violão já aos três, foi na virada dos 12 para os 13 anos que ele se destacou nos shows de talento da escola onde estudava, em Maringá (PR). Unindo pop rock e sertanejo desde pequeno, foi escolhido o melhor cantando uma balada pós-grunge da banda americana Creed (“One Last Breath”) e a também chorosa “Pra Mudar A Minha Vida”, de Zezé di Camargo E Luciano.
 Pouco depois dos showzinhos no recreio, seguiu os passos de seu maior ídolo e tentou a sorte ao lado do amigo Luciano. Luan e Luciano calibravam seus agudos para emular Marlon e Maicon. 

Só estávamos brincando. A galera falava que minha voz era parecida com a do Zezé. Cantava bem puxado e em um tom muito alto, mas eu fui mudando de voz”, recorda.

 Luciano Ferraz, 18 anos, hoje segue carreira solo. 

Chegamos até a cantar na TV e nas rádios. Durou tipo um ano e meio”, lembra a metade menos famosa da dupla.

Graças ao trabalho do pai, o gerente de banco Amarildo Santana, vivia se mudando. Nasceu em Campo Grande e depois perambulou por Manaus (AM), Assis (SP), Ponta Grossa e Maringá (PR), até a volta definitiva para Campo Grande. Quando a parceria com Luciano se desfez, decidiu seguir desacompanhado.

Leia a matéria completa com Luan Santana, com fotos exclusivas, na Billboard Brasil de Junho/2010.




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